Bolo nega maluca com brigadeiro mole.

Quando coloquei a primeira garfada desse bolo na boca, lembrei automaticamente da minha Tia Etinha. Esse bolo é a cara das minhas férias em Recife. Quando crianças eu e minha irmã passávamos os meses de férias lá na casa da minha vó Giselda e Tia Etinha fazia esse bolo para o lanche. E eu ficava uma fera porque Tia Etinha nunca me deixava lamber a bacia do bolo que levava óleo, mas esquecia tudo quando ficava pronto, esfriava e eu podia comer!

As férias em Recifes eram tão deliciosas, acordávamos cedo, tomávamos café e saíamos para brincar na rua, não havia celular e minha mãe só ficava sabendo de mim na hora do almoço, quando a fome apertava. Depois da meia hora mais longa do mundo eu podia sair para brincar de novo à tarde e depois de mais uma rodada das melhores brincadeiras do mundo eu voltava pra casa faminta e suja. Suja mesmo, minhas tias me davam banho de bucha e escovinha porque se eu mesma fosse tomar banho a toalha é que ficava suja!! Foram as melhores férias do mundo, inventávamos brinquedos, ficávamos na nossa árvore que era a Sala de Justiça, fazíamos fogão com tijolos e lenha e cozinhávamos muito macarrão em latas de leite em pó, andávamos de bicicleta, tomávamos banho de chuva e comíamos muita fruta do pé... Ah! Meus pais não podiam ter me dado férias melhores!

A receita do bolo eu já postei aqui é só cobrir com brigadeiro mole, fechar os olhos e lembrar da infância.